Porque dentro daqueles olhos não cabiam palavras
Porque
dentro daqueles corpos, algo escondia...
Eram diversas
estações... Era uma primavera, depois outono, depois ...inverno e o verão aproximava
...
Ambas
sentiam o medo da falta
Cada olhar
estavam suas asas... Era preciso voar
A qualquer
hora ... quem saberia voar?
Quem
atreveria a um salto tão perigoso
Que não poderia
ter volta ...
E quem não poderia
querer desejar as mesmas curvas?
O mesmo cheiro
..., mas cada olho fechado
Cada voz
presa só dizia palavras...
Sorria,
Me abrace e
me ame
Certo ou
errado
Perto ou
longe
Dentro ou
fora da chuva
Estamos aqui
Sem saber
porque era hora de abrir os olhos
E se olharem
A cada bela
curva de seus corpos nus...
Os pés tão femininos
conduziam cada qual ao seu antro
Até então desconhecido
... e era a hora
Das bocas se
encontrarem
E depois...
Nem a
natureza
poderia entender
Nem a
natureza poderia impedir
As curvas se
encaixaram e
Perdidamente
elas se amaram .
..
Somente as
duas
Somente o
teto
E cada olhar
eram
asas permitindo voar..
E ao mesmo
tempo escondendo a vida.
Era preciso
voltar, um dia
quem sabe
Mas, por
hora...
Bastavam as
duas...
Bastavam aqueles
cabelos,
Bastavam cada
toque dos seios
Batava cada
riso
Bastava cada
lábio trêmulo
Bastou voar
Mesmo de
olhos fechados
Sem palavras
...
Ente pernas
e braços
Precisavam ir
sem esquecer o aroma daquela tarde
O mesmo
olhar disse adeus
E os pés
femininos
Fecharam a
porta e o ultimo tocar dos dedos
Até antes
entrelaçados
As duas
almas de mulher
Que eram tão
iguais
Que naquela
tarde
Se confundiam
... se amaram .
.
E sem palavras,
sem verdade, nada se disse
E a fogueira
não apagou
Mas o medo
da falta de cada uma não dissera adeus
Os olhares
de asas sabiam que iram voltar ...
Precisavam mais
amar que nunca ...
Sem nenhuma
palavra...

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