Não era história de pescador,
Não era lenda,
Não era ilusão.
Ele ouvia ao longe aquele canto,
O canto misturava com as ondas do mar
e a lua prateada criou o tapete azul.
As estrelas cintilavam aquela noite
O mar era o palco pra ilusão do Velho Pescador.
Aprumou suas pernas entre as rochas,
deixou aquela onda mais suave tocar seu caminhar,
E o suspiro do Velho Homem
rejuvenesceu seu olhar
rejuvenesceu seu olhar
e Ela surgiu do mar, igual aos contos que ouvia no cais ...
Sentado, ergueu o peito e agradeceu a visão
e temia o que o olhos viam : " quem irá acreditar em mim?"
Não era história de pescador
Não era lenda, ela estava ali
e ele a chamou : " Mãe ! Mãe! Mãe!"
o canto era forte,o coração saltava à boca
" Mãe! Mãe! Mãe Sereia do Mar,abençoe esse seu filho errante, Oh! Odoyá!!"
Num frenesi, o Velho Homem de pé dançava igual as ondas,
a fé cresceu, a dor passou,os olhos do Velho eram igual a um dia antes quando de jovem,
a Mãe do Mar tocou seus pés e suas mãos delicadas
tocaram o peito do Velho Homem,
e o coração disparou
e a voz da paz inunda aquele corpo que se põe a chorar
pela graça, pela beleza, pelo amor...
Tão depressa abriu os olhos,
e nada será como antes
o mesmo mar, o mesmo céu, a mesma rocha
só ele não era o mesmo.
Coisa do mar.
História de pescador.
Coisas de humano errante, sem fé.
Recolheu a seu estado de graça
e meio desconcertado ainda ficou por ali
jurando por Deus que a vira, que a tocara ...
Estalou os lábios e piscou os olhos
olhou por céu e agradeceu
por ter mais uma história pra contar
na beira do cais,
mas não era mais uma lenda
era história moldurada com aquele céu de Meu Deus,
era história de fé
que só ele carregava.
Abandonou as rochas, querendo ficar
e seguiu por terra assoviando o canto da Mãe,
deixando a casa
deixando a dor
trazendo consigo
a paz de Odoyá .. a paz do Mundo, a paz das cabeças!
Saravá Yemanjá!
História de pescador.
Coisas de humano errante, sem fé.
Recolheu a seu estado de graça
e meio desconcertado ainda ficou por ali
jurando por Deus que a vira, que a tocara ...
Estalou os lábios e piscou os olhos
olhou por céu e agradeceu
por ter mais uma história pra contar
na beira do cais,
mas não era mais uma lenda
era história moldurada com aquele céu de Meu Deus,
era história de fé
que só ele carregava.
Abandonou as rochas, querendo ficar
e seguiu por terra assoviando o canto da Mãe,
deixando a casa
deixando a dor
trazendo consigo
a paz de Odoyá .. a paz do Mundo, a paz das cabeças!
Saravá Yemanjá!