E ela no aconchegou na pedra, sentou-se e renunciava a tudo.
Conversou com sua alma, não conversou com o mar, nem com o céu ... mas, prá si, prá sua alma... renunciava o seu amor ...
Ela renunciava ele.
Ele passaria por sua vida sem mesmo saber ... ela jamais saberia
Ela jamais diria que o amava ... ele jamais saberia...
e passaria em silencio por ela.
Ela jamais diria que o amava... renunciava a ele.... renunciava os abraços que jamais sentiria.... renunciava as mais belas palavras que poderia dizer a ele...
Ela renunciava a ele... não o amor...
Cada aconchego sobre a pedra, caiam lagrimas ... eram dor do impossível, do sonho que jamais iria realizar.
Ela sabia que sonharia com ele, sonharia com os lábios dele , sonharia com seu corpo... Mas, renunciava...
Ela seguiria amando mais que nunca.... em silencio....
Ele jamais saberia do amor que ela sentia ,por isso, renunciava...
Sonharia quantas vezes possível fosse... e desesperadamente desejaria seus lábios... mas, ele jamais saberia o quanto que ela a amava ....
No aconchego da pedra, ele sabia que o amaria mais que nunca... amaria sempre em silencio, amaria como algo de fato impossível.... Saberia que jamais poderia tocar seus cabelos e penetrar naqueles olhos verdes, e aos seus ouvidos dizer as mais belas palavras sempre prontas ....
Não.... jamais ele saberia que ela a renunciava ....
Sorriria pra ele... Explodiria seu coração... mas, ainda assim, ela renunciava a ele e nem isso, ele jamais saberia....
As lágrimas do tormento eram comuns mas, naquele instante se fez forte, por que em definitivo ela estava renunciando a ele, era o adeus, era o rito da renuncia: desabar e rasgar o coração para sempre.
Ela continuaria amando em silencio.... sem ele saber...
Levantou-se da pedra que a aconchegou. Enxugou as lágrimas, e seguiu, ainda assim, seguindo amando-o, deixando -o em sua vida, sem ele saber.

Nenhum comentário:
Postar um comentário